quarta-feira, 19 de maio de 2021

AINDA HÁ FÉ EM TI, UNIVERSITÁRIO?

Por Pr. Marcio Gil de Almeida

Jesus perguntou: ”... haverá... fé na terra?” (Lc. 18:8)

                            
                       Jesus considerou a fé em Deus vital para o ser humano ser-criado. O homem sem fé em Deus é uma caixa vazia, um ser sem referencial e sem direção. A ausência da fé num Deus vivo que entende e que se relaciona  com o homem, promove  confusão  de sentimentos, a perda de sentido de vida, a fuga da paz, segurança e da alegria no coração do homem. A fé em Deus torna o homem mais humano e a sua ausência o torna frustrado e infeliz. O  apóstolo Paulo  disse: “ guardei  a fé”. (2 Tm 4:7) . E a minha preocupação é que todos saibam guardar a fé:  dom( presente) de Deus. Devido a isto , faço a pergunta: ainda existe  fé em ti?
                         Quando sonhamos em passar no vestibular, intencionamos um futuro melhor para nós. Queremos conhecer mais e melhor. Queremos uma profissão que contribua para a nossa realização como pessoas no espiritual, intelectual, emocional e material. No entretanto, ao chegarmos na faculdade, percebemos que ela é maravilhosa e ao mesmo tempo perigosa à   fé  de quem não está preparado. É nela que acontece questionamentos bons e muitas afirmações de qualidade. E outras que não contribuem em nada, não fazem nenhuma diferença e até pioram a vida das pessoas.  A Bíblia diz em 1 Tes. 5:21: “Examinai tudo. Retende o que é bom”. Quando entramos numa sala de aula, ali tem dois personagens: o professor e o aluno. Basicamente, o professor ensina e o aluno aprende. No decorrer  desta dinâmica todos aprendem. Que bom que na faculdade temos maiores recursos e professores inquestionavelmente bem preparados. Os alunos estão com sede em aprender, em crescer e de pegarem  os seus diplomas. Em quatro anos muitas coisas acontecem. Hoje e em quatro anos poderemos usar a pergunta: Ainda há e haverá fé em ti?
                       Pois bem, quando estamos ouvindo certos professores tão cultos maravilhosos, muitos sem perceberem  perdem a  perspectiva da limitação humana  dos mesmos.  Os professores podem ser dotados de doutorados, mas sempre vão ser ignorantes em muitas outras áreas do conhecimento. Sempre  somos conhecedores em certas áreas e ignorante em outras. É por isso que podemos ser felizes, o humanamente felizes-somos conhecedores e ignorantes simultaneamente.  E se  seguirmos a orientação neotestamentária, seremos muito mais que felizes(bem-aventurados): “...Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos.” (Filipenses 4:4); Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor(Oséias 6:3);  Crescei na graça e no conhecimento(2 Pedro 3:18);   Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.”(1 Co. 10:31). Há coisas que quando ouvimos o discurso da diplomacia do magistério universitário, ouvimos um discurso parcialmente verdadeiro. Diplomacia sim, desde que seja para concordar com o maestro. Caso contrário já identificamos as terminologia  ou chavões acadêmicos usados para desqualificar o posicionamento diferente do regente. Cito  algumas terminologia  ou chavões utilizados:
*Isto é religião;
* Isto não é ciência, é opinião;
* Você está sendo etnocêntrico;
* não sou eu quem disse, foi tal escritor;
* Mitologia não é mentira, pode ser verdade para uns e mentira para outros;
* Teologia é  mito;
*  Todas religiões são iguais  e  tem o mesmo valor.
                       Aparentemente, isto não tem nada de mais, mas pode ter, sérias conseqüência à fé cristã (protestante e católica romana). Estas afirmações estão interligadas e atingem a fé em Deus, especialmente a fé Bíblica.
                       A partir deste  momento é estarei questionando certas afirmações, pensamentos e posicionamento. Estas podem não ser declaradas, mas estão nas entrelinhas. Elas estão nas entrelinhas para não haver desgastes.
Quando alguém diz que “isto é religião” pode ter vários sentidos, tais como:
a-      Define-se como assunto da área religiosa;
b-- Não se quer aceitar o argumento sem dar a oportunidade, numa possibilidade de verdade e opositora tendo como fonte ou participantes periférico do mundo religioso. Isto poderia dar razão à fé  de cristão e desqualificar a suposta teoria científica de grupos particulares e posicionamentos pessoais.
c-   Tal posicionamento não é verdadeiro,é mitológica, pois não é o que pensa e nem o que crê o professor,ainda que o pensamento do professor não  esteja absolutamente provado e  cheio de falhas.
                       Falando  desta forma, cala-se todo argumento contrário. Posso afirmar que a letra “a” é que menos ocorrem num debate. As outras letras são usadas para fazer calar qualquer um que pense diferente. Com certeza e existe o religioso. Todavia, o que é religioso não é desfalcado de verdade. A religião não é ciência exata e a ciência não é religião popular. Mas, existem  pessoas  que transformam a ciência em religião cega e há outros que transformam religião em ciência. Assim não dá... há lugar para todos e há necessidade de todos.
                       “ Isto não é ciência, isto é opinião.” Ciência, em uma definição simples, seria todo conhecimento obtido por meio de métodos que possibilitam a comprovação. Opinião é o conhecimento obtido pelo senso comum, é algo que é obtido pela observação simples, pela experiência ou tradição. O jargão usado nos faz sentir ignorantes, quando usados para derrubar o nosso argumento. Porque não se faz unicamente colocar as posições e deixe cada um decidir o que quer, ao invés de impor goela abaixo. O mestre tem que ser sincero e dizer : “ eu penso e criei o assim... mas cabe a cada um tomar o seu posicionamento. Eu vou cobrar na prova tal posicionamento e se alguém pensar diferente, pode acrescentá-lo com a argumentação, sem danos à sua nota”.
                       Certa vez tive um diálogo com um professor, haja visto que o admiro e o vejo com extrema competência. Este diálogo envolveu a questão do criacionismo e do evolucionismo. Vou narrá-lo com pseudônimos e enriquecê-lo com mais algumas coisas.

                       O aluno David, falou para o professor Golias:
-Professor Golias, disse  Davi.
- Sim, David, disse o professor.
-Vejo que esta explicação da teoria da evolução  é fantasiosa. E precisa de muita fé para acreditar nisto aí. Aliás, isto aí é uma verdadeira religião.
                       O professor ficou chocado e respondeu de imediato.
-Você fica falando isto. Mas quais são os seus argumentos?
                       O aluno disse:
-Olhe professor a lei descoberta pela biologia nos diz que um ser só pode gerar outro ser semelhante. É a lei da genética. Um ser humano tem  carga genética de ser humano e só gera humano. É nos genes que têm as informações do individuo que vai gerar outro ser da mesma espécie.
-Mas a evolução foi em milhões de anos, disse o professor.
-E quem garante que este método de medição de tempo está correto? Disse o aluno.
-Você tem outra? Disse o professor Golias.
-Não. Mas, se não há a última palavra, existe uma possibilidade da teoria da evolução está incorreta e a teoria da criação está correta.
                       Passado algum tempo, na mesma aula. Em outras conversas com outros alunos. O professor comentou:
-É assim mesmo, no decorrer  do tempo todos mudam na faculdade.
                       De repente uma aluna disse:
-Professor, mas David não vai mudar.
-Vai mudar sim, disse o professor.
-Até ciência é opinião. Um mesmo objeto de estudo pode ter posicionamentos diferentes com ciências diferentes. A ciência hoje diz uma coisa e amanhã vai dizer outra coisa que pode ser o contrário. À ciência é o útil, é limitada, em verdade e merece crédito. No entanto, não é absoluta, não é uma deusa do e nem pode se cultuada. A ciência é importante, mas a vida é muito mais que meros cálculos e métodos. No mundo científico, nos EUA. Existe associação de cientistas criacionistas com formação em mestrado e doutorado. Esses cientistas defendem a teoria da criação. Mas por que não se leva em conta tal teoria? No mundo acadêmico cada um puxa a sardinha para o seu lado. Fala-se de imparcialidade, mas será que isso é verdade? E existe neutralidade? A teoria da evolução é apenas uma teoria. A própria palavra diz, teoria. É uma teoria. Não estar comprovado de forma absoluta.  Para que brigar? O apóstolo Paulo disse na bíblia: “Porque nada
podemos contra a verdade, senão em favor da própria verdade.” (2 Coríntios 13:8). Para que brigar? Cada um coloca sua teoria. E um dia vamos saber quem tem razão.
                       Há vários tipos de formação acadêmica e existe área específica de cada uma. Antes de cursar Pedagogia, cursei Teologia. Considero a Teologia, tão importante  e merecedora  de crédito quanto  Pedagogia, História, Letras, etc.  Há  momentos que se passa a estudar uma assunto e conceitos teológicos  ou anti-teológicos, eles são colocados  e comentados. Agora,  ai daquele que resolver questionar  o posicionamento  do professor ; pois como ele será visto pelos docentes? Como anti-científico, radical religioso e ignorante??? Talvez não seja nada disso, talvez seja coisa da minha mente.  Sei que o professor é competente,   merece respeito, só que ele é humano  que acerta e erra. O mestre não pode ser endeusado. Quem vive a vida baseado apenas em filosofias e métodos; e, que faz a leitura a partir desta perspectiva. Quem analisa a vida sob o ponto de vista da psicologia e ver que todo o comportamento humano tem explicação. Não deve esquecer que não é por  explicar  ou teorizar, que quer dizer que a psicologia esteja  correta e nem que a vida deva ser limitada a ela. A mesma coisa refiro ao caso da Sociologia. Na Teologia e na área  da Teologia, ela nos dará varias respostas, mas a maior delas é a fé num Deus vivo. Se os livros de Teologias não responderem o seu questionamento, mesmo assim, ela nos deixa  a alternativa de que Deus é  a nossa respostas e a nossa razão  de viver e de morrer.  Quem crer tem a Vida e quem não crer não tem a vida. Uma vida de conhecimento tem o seu lugar. Há vários tipos de conhecimento e todos eles têm o seu lugar. Cabe a você escolher que tipo de conhecimento e em que lugar da sua vida quer colocar. Há tipos de conhecimentos que têm cara de verdade, mas será que é verdadeiro? Eles podem entrar em nossa vida promover confusão, desordem e não construir nada.  E existem certas filosofia que é só blá, blá, blá,  e não levam a conto nenhum.

                       Em certa aula  uma professora fez três afirmações, as quais são:

*”O mito pode ser verdade para um e mentira para outro.”
* “Não aceitar a Cultura alheia é etnocentrismo.”
* “Foi Constantino  que mandou escrever os evangelho.”

O Filosofo Protágoras acreditava que a realidade e a verdade eram baseadas nas  Sensações. Cada homem tendo sensações diferentes tem realidades diferentes. Pode-se dizer dela uma coisa e ao mesmo tempo outra contrária. Ex.: O doce do vinho é diferente em cada paladar.  Mas, Aristóteles não concorda com este tipo de pensamento e mostrava a incoerência por meio do principio da não contradição: O conhecimento tem valor objetivo e certo. Existem, ainda que algumas, verdades fundamentais. A verdade absoluta e que dá  garantia das demais verdades, é a verdade do principio da NÃO-CONTRADIÇÃO. “É impossível que a mesma propriedade, considerada do mesmo ponto de vista, possa  pertencer e não pertencer  a mesma coisa”. Sem esse principio torna-se impossível a vida  do pensamento e a vida prática.  A medida da realidade não é o paladar, mas o objeto(vinho). Não é a sensação do individuo, mas as propriedades do vinho que vale na analise da verdade e da realidade. Ou o vinho é doce ou é amargo. Não pode ser doce e amargo ao mesmo tempo. Não pode haver contradição. Da mesma forma o Mito não pode ser verdade para um e mentira para outro, ou é verdade ou é mentira.  Não é a fé ou a incredulidade das pessoas que trazem a existência de Deus. Ou Deus existe ou Deus não existe. Deus é ou não é um mito. A narração Bíblica é ou não  é inspirada por Deus.

O Etnocentrismo deve ser evitado. Todavia, o que vem a ser o etnocentrismo? Define-se etnocentrismo como “ uma atitude na qual a visão ou avaliação de um grupo social sempre seria baseada nos valores adotados pelo seu grupo, como referência, como padrão, preconceituosa. Basicamente, encontramos em tal posicionamento um grupo étnico considerar-se como superior a outro”, segundo  a Enciclopédia wikipedia. Entendo como participante ou sequencia do extremo do etnocentrismo, o seguinte:
A - Xenofobia que é o medo que o ser humano normalmente tem ao que é diferente( raça, grupo e Cultura), segundo a Enciclopédia wikipedia. Isto deve ser combatido.
B -Racismo é a tendência do pensamento, ou do modo de pensar em que se dá grande importância à noção da existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras, segundo a Enciclopédia.wikipedia. Isto deve ser combatido.
             É coerente a luta contra a condenação da Cultura alheia, só porque não pertence ao nosso mundo. Entretanto, a questão aqui  levantada é se há ou não há limites e quais são as consequências? A questão não é se consideramos a nossa Cultura superior, mas se existe o certo e o errado. Ou quem sabe se existe o justo e o injusto. E ainda mais, se existe o bem ou mal. Afinal de contas se não há limite para com o que ocorre  na Cultura alheia ou nossa própria Cultura; então, ela está acima de tudo, de todos. Passa ser toda-poderosa. Uma deusa inventada pelo proprio homem. Toda questão humana para ser equilibrada tem que existir limitação. Aristóteles defendia o meio termo.  Este Meio Termo faz parte da ética do sistema aristotélico. Ela é um estado considerado o ideal, para Aristóteles. Todos os excessos são considerados vícios. Excesso de coragem é a temeridade, a impulsividade. A falta de coragem é a covardia. Ambas são consideradas vícios. É presciso buscar o equilíbrio, que é a virtude, ou seja, a coragem em si”. A própria, Bíblia, Palavra de Deus, nos ensina o equilibrio mostrando a necessidade de moderação. É legitimo não julgarmos a roupa, a culinária, etc.  Preste atenção, eu pergunto: é legitimo o direito de matar crianças, de sacrificar crianças, de enterrá-las vivas em nome da Cultura e ser proibido a nós de julgar como errado e cruel? É o que está acontecendo no Brasil em certa tribo de indios brasileiros (veja video: http://juliosevero.blogspot.com/2008/07/campanha-internacional-para-resgatar.html) e a FUNAI disse que não pode intervir porque é a Cultura deles. Agora ensinar o nosso idioma, ter contato com eles, levar medicamento, proibir a pregação do evangelho no meio dos indios, tudo isto pode e outras coisas também, menos evitar os assassinatos de crianças. Eu, também, pergunto: É legitimo para a Cultura africana o direito de circundar(cortar o clitores) as  mulheres para que não possuam o direito de ter o prazer sexual? Será que o movimento feminista concorda com isto? Você, mulher, concordaria em cortar o seu clitores em nome da Cultura? Eu diria que a tudo isto, se a Cultura for cultuada como uma deusa, a resposta é sim. Se o homem existir para a Cultura e não a Cultura para o homem, a resposta é sim.  Se a Cultura for eterna, a resposta é sim.  Se a Cultura criou o ser humano, a resposta é sim. Se a Cultura valer mais que a vida, a resposta é sim. No entanto, sabemos que estas afirmaçoes são falsa e a resposta é não. A Cultura não deve ser soberana, ela deve ser serva. Ela não passa de um instrumento temporario e mutáves. Ela é importante, mas não deve está acima de tudo. Ela é gerada por homens e pode ser sadia ou doentia. Pergunto, outra vez: Criticar a Cultura que mata crianças, com o objetivo de mudá-la, é etnocentrismo? E se for...você acha justo continuar assim?
Um perigo desta doutrina, artificio de tornar a Cultura intocável em nome do combate ao etnocentrismo e de jamais podermos entrar  em certas Culturas, é a criminalização da pregação do Evangelho de Cristo. Considerando o Evangelho igual a qualquer religião, não é necessario a pregação do Evangelho de Cristo e nem tão pouco, a mudança religiosa(Cultura). Por exemplo, a adoração a ratos na India, é tão importante  quanto o evangelho e não precisamos interferir com a Palavra de Deus. No Brasil, o sacrificio de criança a espiritos para aplacar qualquer irá dos espiritos, é tão importante quanto o Evangelho de Cristo; por isso, não podemos interferir. Não podemos pregar o evangelho porque promove mudanças na Cultura. Como a Cultura virou uma deusa e é adarada, não precisamos do Verdadeiro Deus. Dizer que todas as religiões são iguais, é uma grande mentira. Com certeza todas tem o mesmo direito de serem identificadas como religiões. No entanto, elas são diferentes e a afirmação que todas são iguas é contraditoria e falsa. Aqueles que seguem uma religião tem que saber manter um relacionamento com outros de religiões diferentes. Não ferir e nem agredir. Isto não quer dizer que há concordância. Na historia da humanidade, religiões surgem e desaparecem. Cada uma prega coisas diferentes e qua vai contradizer outra religião. Cabe cada uma pregar o que acredita  e quem quiser acreditar, que acredite, e se não quiser acreditar, que não acredite. As pessoas têm que usufruir do direito de ouvir a pregação e de mudar quantas vezes quiserem. Isto é democracia! Há os “inteligentes” que querem impor por meio de Lei no Brasil a igualdade por meio de mordaça da anti-apologia religiosa.  Se todas são iguais, por que uma prega a salvação em Cristo Jesus, outra prega por reencarnações, outra por filosofias, etc? Qual a mensagem verdadeira de Cristo ou de Maomé? Quem está falando a verdade, se ambos ensinam coisas diferentes e contraditorias?  Isto pode levar a uma situação que não precisamos valorizar e nem viver a nossa fé. Para que  dedicar aos valores da fé em Deus, se todas estão certos e ao  mesmo todos estão errados. Todos encontraram a Deus e em contraditorios caminhos. Para que servir a Cristo, se ele é igual a Maomé, Confusio, a Buda e outros mais? Vale apena seguir o que não é verdadeiro e o que é  só um caminho a mais?
Um último ponto que eu quero levantar, foi a afirmação que ouvir e foi a seguinte:  “...Constantino mandou escrever os quatros evangelhos... já que até aquele momento o que havia era uma tradição oral.” Pois bem, estou questionando esta afirmação. Os evangelhos foram escritos muito tempo antes de Constantino (272 - 22 de Maio de 337). Ele converteu ao Cristianismo no ano de 312.  Para isto contamos com uma ciencia chamada Historiografia(estuda e descreve a história.), baseada em documentação. Os manuscritos, pergaminhos e papiros, mostram o contrário   da afirmação inicial. Aliás, os manuscritos biblicos, e em especial do Novo Testamento, merecem e tem credito em confiabilidade maior que qualquer manuscrito de filosofos ou qualquer outro da Antiguidade. O que estou afirmando, posso provar e é isso que farei.
Josh McDowell, escreveu:
“A Historiografia relaciona tem três principios básicos para analisar documentos(manuscritos), os quais são: teste bibliográfico, evidências internas e   evidência externa. O teste bibliográfico é um exame da transmissão textual pela qual os documentos chegam até nós. Em outras palavras, uma vez que não dispomos dos documentos originais, qual a credibilidade das cópias que temos em relação ao numero de manuscritos e ao intervalo de tempo transcorrido entre o original e a cópia existente?
Evidência dos manuscritos acerca do Novo Testamento - Atualmente sabe-se da existência de mais de 5 300 manuscritos gregos do Novo Testamento. Acrescentem-se a esse número mais de 10 000 manuscritos da Vulgata Latina, e pelo menos, 9 300 de outras línguas, teremos  mais de 24 000 cópias de porções do Novo Testamento.
Nenhum outro documento da historia antiga chega perto desses números  e dessa confirmação. Em comparação, a Iliade de Homero vem em segundo lugar, com apenas 643 manuscritos que sobrevivera até hoje. O primeiro texto completo e preservado de Homero data do  século treze.”
Observe estas tabelas:   VIDE ANEXO
AUTOR
DATA DO ORIGINAL
CÓPIA MAIS ANTIGA
INTERVALO EM ANOS
Nº DE CÓPIA
César
100-44 a.C.
900 A.D.
1000
10
Lívio
59 a.C. - 17 A.D.


20
Platão
(Tetralogia)
427-347 a.C.
900 A.D.
1200
7
Tácito(Anais)

100 A.D
1100 A.D.
1000
Obras menores
100 A.D.
1100 A.D
1000
1
Plinio ,Jovem(História)
61-113 A.D*
 850 A.D.
750
7
Tucídedes(Historia)
460-400 a.C.
900 A..D.
1 300
8
Suetônio (De vila Caesarum)

75-160 A.D
950 A.D.
800
Heródoto ((História)
480-425 a.C
900 A.D
1.300
8
Horácio



900
Sófocles
496-406 a.C.
1000 A.D.
1400
193
Lucrécio
Morto em 55 ou 53 a.C.

1100
2
Catulo
54 a.C
1550 A.D
1600
3
Eurípedes
480-406 a.C.
1100 A.C.
1300
200
Demóstenes
383 -322 a.C.
1100 A.D.
1300
200*
Aristóteles
384-322 a.C.
1100 A.D.
1400
491
Aristófenes
450-385 a.C.
900 A.D.
1200
10

* Todos de uma única cópia
   
AUTOR
DATA DO ORIGINAL
CÓPIA MAIS ANTIGA
INTERVALO EM ANOS
Nº DE CÓPIA
Homero(Ilíada)
900 a.C.
400 a.C.
500 anos
643
Novo Testamento
40-100 A.D.
125 A.D.
25 anos
24 000


A cópia mais antiga do Novo Testamento é de 125 A.D. Constantino se converteu no ano 312 A.D.  Há uma diferença de 187 anos. Como pode Constantino mandar escrever o que já estava escrito antes dele nascer (272 A.D.)?

Observe esta relação:
Dos Evangelhos: p45(papiro chester Beatty dos evangelhos, Dublim) de 250 d.C.  O manuscrito p52 de John Rylands(100-150 A. D) encontra-se na Biblioteca John Rylands,  na cidade de Manchester, na Inglaterra. É o mais antigo fragmento do Novo Testamento do Evangelho de São João.  O texto p66(papiro de Bodmer de João, Genebra) 200 a.C.

A evidencia interna  é vista na comparação entre os manuscritos.  Hort, Geisler e Nix afirmam que “apenas um oitavo de todas variantes tiveram algum peso, pois a maioria delas são simples questões mecânicas, tais como soletração ou estilo. Do total, então, somente cerce de um sexagésimo deixa  de ser questões relativamente insignificantes, podendo ser chamado de “variações substancial”. Matematicamente isso aponta para um texto que é 98,33% puro.

A Evidência Externa compreende outras fontes que mencionam o Novo Testamento. O manuscrito de Márcion cerca de 144 a.C.  Os Lecionários que eram usados nas liturgias da igreja, citam textos do Novo Testamento. O Talmud Babilônico(200 A.D) e os escritores romanos Plínio, o Jovem( do anterior, estadista, orador e escritor que viveu entre 62 d.C. e 113 d.C.), Tácito(55 - 120 d.C), Suêtonio e Luciano fazem citações de Jesus.
Papias, pai da Igreja, declarou, no começo do século II D.C. que Marcos registrou em forma escrita  as reminiscências de Pedro a respeito de Jesus. Irineu( 130202) , Origenes(185 — 253 d.C.), Clemente de Alexandria (150 - 215)  confirmam o mesmo pensamento de Papias. Isto indica que os evangelhos já estavam escritos.

No livro Conhecendo as Doutrinas da Biblia, de autoria de Myer Pearlman, conta a seguinte historia: “Charles Bradiaugh, que foi em certo tempo o ateu mais notável na Inglaterra, desafiou o pastor, Charles Hugh Price, para um debate. Foi aceito o desafio e o pregador, por sua vez, desafiou o ateu da seguinte maneira: Como todos sabemos, Sr. Bradiaugh, "o homem convencido contra a própria vontade mantém sempre seu ponto de vista", e, visto que o debate, como ginástica mental que é, provavelmente não converterá a ninguém, ,proponho-lhe que apresentemos algumas evidências concretas da validade das reivindicações do cristianismo na forma de homens e mulheres redimidos da vida mundana e vergonhosa pela influência do cristianismo e pela do ateísmo.  Eu trarei cem desses homens e mulheres, e desafio-o afazer o mesmo.
Se o Sr. Bradiaugh não puder apresentar cem, contra os meus cem, ficarei satisfeito se trouxer cinquenta homens e mulheres que se levantem e testifiquem que foram transformados duma vida vergonhosa pela influência dos seus ensinos ateus. Se não puder apresentar cinquenta, desafio-o a apresentar vinte pessoas que testifiquem com rostos radiantes, como o fará os meus cem, que tenham um grande e novo gozo na sua vida elevada, em resultado dos ensinos ateus. Se não puder apresentar vinte, ficarei satisfeito se apresentar dez. Náo, st. Bradiaugh, desafio-o a trazer um só homem ou uma só mulher que dê tal testemunho acerca da influência enobrecedora dos seus ensinos. Minhas pessoas redimidas trarão prova irrefutável quanto ao poder salvador de Jesus  Cristo sobre as suas vidas redimidas da escravidão do pecado e da vergonha. Talvez, senhor Bradiaugh, essa será a verdadeira demonstração da validade das reivindicações do cristianismo.
O Sr. Bradiaugh retirou o seu desafio!”


Quero perguntar outra vez: Ainda há fé em ti, Universitário? Com certeza não precisa  ficar com vergonha da sua fé nas Escrituras Sagradas e em Cristo Jesus. Mantenha a sua fé e retenha o que for para você do conhecimento universitário. Lembre-se para cada argumento existem um contra argumento.

  Eu poderia continuar e colocar mais informação, mas aqui me dou como satisfeito. E assumo do Apostolo Paulo na minha vida: “Porque nada podemos contra a verdade, senão em favor da própria verdade.” (2 Coríntios 13:8).
 “Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?  Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro.
 Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Romanos 8:36-39)
Texto escrito em abril de 2011