Um livro tem credibilidade se relatou veridicamente os assuntos como aconteceram ou como eles são; e quando seu texto atual concorda com o escrito original.
Nesse caso credibilidade relaciona-se ao conteúdo do livro (original), e a
pureza do texto atual (cópia ou tradução). Por exemplo, as palavras de Satanás
em Gn.3:4,5 são inspiradas, mas não possuem autoridade, porque não é verdade,
porém tem credibilidade ou veracidade (quanto a sua transcrição) porque foram
registradas exatamente como Satanás disse. A veracidade das palavras de Satanás
não se relacionam ao o que ele
pronunciou, mas sim como ele as
pronunciou.
A) Credibilidade do A.T.: Estabelecida por três fatos:
1) Autenticado
por Jesus Cristo: Cristo recebeu o A.T. como relato verídico. Ele endossou grande número de
ensinamentos do A.T., como, por exemplo: A criação do universo por Deus
(Mc.3:19), a criação do homem (Mt.19:4,5), a existência de Satanás (Jo.8:44), o
dilúvio (Lc.17:26,27), a destruição de Sodoma e Gomorra (Lc.17:28-30), a
revelação de Deus a Moisés na sarça (Mc.12:26), a dádiva do maná (Jo.6:32), a
experiência de Jonas dentro do grande peixe (Mt.12:39,40). Como Jesus era Deus
manifesto em carne, Ele conhecia os fatos, e não podia se acomodar a idéias
errôneas, e, ao mesmo tempo ser honesto. Seu testemunho deve, portanto, ser
aceito como verdadeiro ou Ele deve ser rejeitado como Mestre religioso.
2) Prova Arqueológica e Histórica:
a) Arqueológica: Através da arqueologia, a batalha dos reis registrada em Gn.14 não pode mais ser posta em dúvida, já que as inscrições no Vale do Eufrates "mostram indiscutivelmente que os quatro reis mencionados na Bíblia como tendo participado desta expedição não são, como era dito displicentemente, ‘invenções etnológicas’, mas sim personagens históricos reais. Anrafel é identificado como o Hamurábi cujo maravilhoso código de leis foi tão recentemente descoberto por De Morgan em Susa". (Geo. F. Wright, O Testemunho dos Monumentos à Verdade das Escrituras).
As tábuas Nuzi
esclarecem a ação de Sara e Raquel ao darem suas servas aos seus maridos
(Jack Finegan, Ligth from the Ancient Past = Luz de um Passado Antigo).
Os hieróglifos egípcios indicam que a escrita já era conhecida mais de 1.000 anos antes de Abraão (James Orr, The Problem of the Old Testament = O Problema do Velho Testamento).
A arqueologia também confirma o fato de Israel ter
vivido no Egito, como escravo, e ter sido liberto (Melvin G. Kyle, The Deciding
Voice of the Monuments = A Voz Decisória dos Monumentos).
Muitas outras confirmações da veracidade dos relatos
das Escrituras poderiam ser apresentados, mas esses são suficientes e devem
servir como aviso aos descrentes com relação às coisas para as quais ainda não
temos confirmação; podemos encontrá-la a qualquer hora.
b) Histórica: A história fornece muitas provas
da exatidão das descrições bíblicas. Sabe-se que Salmanezer IV sitiou a cidade
de Samaria, mas o rei da Assíria, que sabemos ter sido Sargom II, carregou o
povo para a Síria (IIRs.17:3-6). A história mostra que ele reinou de 722-705
a.C. Ele é mencionado pelo nome apenas uma vez na Bíblia (Is.20:1). Nem
Beltsazar (Dn.5), nem Dario, o Medo (Dn.6) são mais considerados como
personagens fictícios.
3) As
Escrituras possuem Integridade:
a) Integridade
Topográfica e Geográfica: As descobertas arqueológicas provam que os povos, línguas, os lugares e
os eventos mencionados nas Escrituras são encontrados justamente onde as
Escrituras os localizam, no local exato e sob as circunstâncias geográficas
exatas descritas na Bíblia.
b) Integridade
Etnológica ou Racial: Todas as afirmações bíblicas sobre raças tem sido demonstrada como
corretas com os fatos etnológicos revelados pela arqueologia.
c) Integridade
Cronológica: A
identificação bíblica de povos, lugares e acontecimentos com o período de sua
ocorrência é corroborada pela cronologia síria e pelos fatos revelados pela
arqueologia.
d) Integridade
Histórica: O
registro dos nomes e títulos dos reis está em harmonia perfeita com os
registros seculares, conforme demonstrados por descobertas arqueológicas.
e) Integridade
Canônica: A
aceitação pela igreja em toda a era cristã, dos livros incluídos nas Escrituras
que hoje possuímos, representa o endosso de sua integridade.
Exemplares do A.T. e do N.T. impressos em 1.488 e
1.516 d.C., concordam com os exemplares atuais. Portanto a Bíblia como a
possuímos hoje, já existia há 400 anos passados.
Quando essas Bíblias foram impressas, certo erudito
tinha em seu poder mais de 2.000 manuscritos. Esse número é sem dúvida
suficiente para estabelecer a genuinidade e credibilidade do texto sagrado, e
tem servido para restaurar ao texto sua pureza
original, e fornecem proteção contra corrupções futuras (Ap.22:18-19;
Dt.4:2;12:32).
Enquanto a integridade canônica da Bíblia se baseia
em mais de 2.000 manuscritos, os escritos seculares, que geralmente são aceitos
sem contestação, baseiam-se em apenas uma ou duas dezenas de exemplares.
As quatro Bíblias mais antigas do mundo, datadas
entre 300 e 400 d.C., correspondem exatamente a Bíblia como a possuímos
atualmente.
B)
Credibilidade do N.T.: Estabelecida por cinco fatos:
1) Escritores
Competentes: Possuíam
as qualificações necessárias, receberam investidura do Espirito Santo e assim
escreveram não somente guiados pela memória, apresentações de testemunho oral e
escrito, e discernimento espiritual, mas como escritores qualificados pelo
Espirito Santo.
2) Escritores
Honestos: O
tom moral de seus escritos, sua preocupação com a verdade, e a circunstância de
seus registros indicam que não eram enganadores intencionais mais sim homens
honestos. O seu testemunho pôs em perigo seus interesses materiais, posição
social, e suas próprias vidas. Por quê razão inventariam uma estória que
condena a hipocrisia e é contrária a suas crenças herdadas, pagando com suas
próprias vidas?
3) Harmonia do
N.T.: Os
sinópticos não se contradizem mas suplementam um ao outro. Os vinte e sete
livros do N.T. apresentam um quadro harmonioso de Jesus Cristo e Sua obra.
4) Prova
Histórica e Arqueológica:
a) Histórica: O recenseamento quando
Quirino era Governador da Síria (Lc.2:2), os atos de Herodes o Grande
(Mt.2:16-18), de Herodes Antipas (Mt.14:1-12), de Agripa I (At.12:1), de Gálio
(At.18;12-17), de Agripa II (At.25:13-26:32) etc.
b)
Arqueológica: As
descobertas arqueológicas confirmam a veracidade do N.T. Quirino (Lc.2:2) foi
Governador da Síria duas vezes (16-12 e 6-4 a.C.), sendo que Lucas se refere ao
segundo período.
Lisânias, o Tetrarca é mencionado em uma inscrição
no local de Abilene na época a que Lucas se refere.
Uma inscrição em Listra registra a dedicação da
estátua Zeus (Júpiter) e Hermes (Mercúrio), o que mostra que esses deuses eram
colocados no mesmo nível, no culto local, conforme descrito em At.14:12.
BIBLIOLOGIA: DOUTRINA DA BÍBLIA
PROJETO TEOLOGIA AO ALCANCE DE TODOS
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