Por Marcio Gil de Almeida
Falar
sobre este assunto polêmico é desafiador. Tentarei ser imparcial.
Isto digo, porque ser imparcial, totalmente, não existe nenhuma
pessoa neste planeta. Todavia espero satisfazer aqueles que têm
princípios cristãos.
Devemos votar seguindo os seguintes passos:
1- Princípios cristãos
2- Chance do candidato de ser eleito e competência
para exercer o mandato
2- Questões circunstanciais e pessoais
1- Princípios cristãos
Os princípios são,
entre os vários pontos, o principal para qualquer escolha na vida e
na política deve ser o reflexo destes princípios. São os
princípios que nos dão entendimento à vida. Sem eles não vale
apena lutar por nada e viver sem princípios promove anarquia do
acaso e da perdição. Através dos princípios damos valor ou
desvalorizamos, exaltamos ou rebaixamos, construímos ou não
construímos etc.
Quando decidimos
votar, devemos verificar se ele é a favor, passivo ou contra os
nossos princípios. Devemos analisar as coisa pelo histórico, pois
há maior possibilidade de acerto. Votar em partidos que é contra os
princípios cristãos é suicídio. Apesar de cargos executivos como
prefeito, governador e presidente não serem aqueles que fazem as
leis, todavia eles influenciam, apoiam a favor ou contra, enviam leis
para serem votados, articulam com movimentos que são contra ou a
favor os cristãos. O prefeito, governador e presidente quando
eleitos dão apoio a candidatos dos seus partidos, e se ele pertence
a um partido que é e tem lutado contra os princípios cristãos, os
seus vereadores, deputados estaduais e federais e senadores farão
leis para nos prejudicar ou nos criminalizar. Quando elegemos um
prefeito, governador e presidente, não elegemos pessoas imparciais.
Eles pertencem a um partido e este partido vai estar no governo dele
para implantar as suas politicas anticristã ou não anticristãs.
Não se enganem quando votamos temos que saber o que ele defende. Há
muitos cidadãos que elegem pessoas que ao chegarem no poder,
trabalham contra os valores daqueles que o elegerem.
Acabam não representando os seus eleitores. Estes representam o
governo e movimentos organizados que não tem nada haver com o seu
eleitor. Cuidado com a semente que você planta, amanhã esta planta
irá dar o seu fruto.
Falando de princípios
cristãos,
quais são eles?
1.1.
Vida –
Defendemos a vida e o seu valor prioritário acima de prazer ou
projetos pessoais. Isto quer dizer que não apoiamos o aborto, salvo
exceção necessária, como o caso em que há necessidade de escolher
entre a vida da mãe e da criança.
1.2. Liberdade
-Direito a opinião,
direito de pensar diferente, de descordar e concordar.
-Direito a escolher a sua religião, de defender as
suas crenças. De mudar de religião, de concordar e de descordar com
qualquer outra doutrina.
-Direito de ir e de vir.
-Direito de ter o seu próprio estilo de vida.
Obs.: Possuir um direito não quer dizer que o outro
não tenha o direito de discordar.
1.3. Livre arbítrio
– O livre arbítrio é capacidade
inerente ao homem dada por Deus de escolher a sua própria concepção
de vida, seja para o bem ou seja par o mal. Sendo que o livre
arbítrio é casado com a consequência das nossas decisões, seja no
campo das ideias ou na vida prática. Não
existe livre arbítrio sem a herança da responsabilidade. Deus não
nos obriga
a andar por algum caminho,
cabe a nós escolher, se para o bem ou para o mal, se para obedecer
ou desobedecê-lo.
Se escolhermos comida estragada passaremos mal.
1.4. Autoridade –
Deus concede poder aos homens para que possa se organizarem e
estabelecerem os seus governantes. Os homens devem ser submissos a
autoridade. Os homens recebem a autoridade de Deus e eles administram
este presente. Se decidirem para
o bem ou
mal, se alegrarão ou serão abatidos por suas próprias escolhas.
Seja na democracia ou na ditadura, os homens são os responsáveis.
Eles escolhem ativa ou passivamente. Nenhuma autoridade que governe
para o mal e para a opressão tem aprovação de Deus. Deus deu a
autoridade para construção e não para a destruição, para o bem
e não para o mal.
1.5. Fé –
A fé conforme Hebreus 11, é um instrumento de entendimento. Esta fé
também tem um conteúdo de racionalidade.
1.6. Razão
– É um principio nas doutrinas cristãs. Elas são sistematizadas
e sem
contradição. O Culto cristão é racional. É um instrumento,
também, de entendimento. Deve estar
em consonância com a fé.
1.7. Deus
– A existência de Deus que é aceita por fé e por razão via
revelação, seja natural ou sobrenatural. Não existe cristianismo
sem noção de Deus e de Cristo. Por isso, o cristianismo é
teocêntrico e cristocêntrico.
1.8.
Revelação cristã
– Revelar é mostrar o que estava oculto. Não sabíamos, mas
sempre existia e ao seu tempo foi nos revelado. A revelação cristã
é em seu caráter cristã. Esta classificação é adotada pelos
ensinos de Jesus e dos apóstolos.
1.9. Responsabilidade cristã
– A Responsabilidade leva em conta os princípios cristãos, as
consequências das nossas decisões e comportamentos. A palavra do
cristão e suas ações tem valor.
1.10. Estado do homem
- A
consciência do estado do homem é um princípio que promove
humildade nas decisões para com o próximo. O
homem foi criado perfeito, mas as suas escolhas o distanciaram
deste estado original. Devido a isto ele é inclinado a pecar e
quando tem uma experiência com Cristo passa a ter uma luta
interior entre carne e espirito. Antes fazer o bem era apenas a
melhor escolha social e pessoal, agora entre o novo ingrediente da
espiritualidade: o Espírito Santos. Ainda assim, continua homem
acertando e errando. O ser humano acerta e erra a vida inteira.
Todos
nós somos humanos...
1.11. Tolerância
– Tolerância não quer dizer concordância e muito menos
concordância com o que está errado. Esta tolerância é o
princípio que possibilita o convívio com vários seguimentos da
coletividade, mesmo que nós estejamos sabendo e crendo que eles
estão errados por vários argumentos e tipos de conhecimentos. Se
Jesus mandou amar até o inimigo e se o apostolo Paulo ensinou que
há situações que se formos levarmos
em conta
teremos de mudar deste mundo. Então, o que nos custará suportar
em amor tanto o que nos ama, quanto o que não nos ama, das
práticas que aprovamos e não aprovamos? Convivemos com pessoas
boas e ruins, honestas e desonestas, que segue comportamento
natural, normal e bíblico, como também aqueles que tem um
comportamento contra a natureza, anormal( que não pertence a
prática da maioria) e reprovado por Deus, que é contra o aborto e
a favor do aborto etc. Temos que conviver com todos, não quer
dizer concordar com eles. Nem Deus obriga os seres humanos a
obedecê-lo. Entretanto, todos sofrerão ou terão o benefício das
suas ações. Tolerância não quer dizer, também, que temos de
participar de eventos ou campanhas que não concordam com os nossos
valores.
A tolerância
entre religiões é contra violência física, perseguição e
contra agressões verbais. No entanto, isto não pode nos levar a
negar o que cremos. Outras pessoas com suas religiões podem
defender as suas doutrinas e discordarem de nós e nós com o mesmo
direito, podemos discordar deles. Considerar que aquilo que cremos é
verdadeiro porque seria a nossa verdade e que outros possuem
doutrinas totalmente contra a nossa, e que eles teriam também a sua
verdade. Bom se todos tem verdades absolutas, todos são mentirosos
porque se contradizem e não há como haver
sustentação. A
outra alternativa mais sensata é que há verdades relativas e
verdades absolutas, também, verdades e mentiras. Alguém está
falando a verdade e o outra a mentira. É claro que mesmo aquele que
acredita em uma mentira, tem este direito de acreditar e de
seguí-la.
Todos tem o direito de mudar de religião e todos tem o direito
voltar para a sua antiga religião e de negar a
ter fé
em qualquer ato religioso. Todos tem o dever de aceitarem o direito
do outro e
todos têm o direito
de discordarem da doutrina que ele não acredita. Ninguém pode
forçar o outro a acreditar ou a desacreditar. Todos podem fazer
apologia a sua religião.
Todos
tem o dever de conviver com as diferentes correntes políticas.
Todavia, todos tem o direito de discordarem entre si ou concordarem.
De votarem contra ou a favor da outra corrente e de seus
representantes.
1.12. Sabedoria
– Não é sábio da parte de um cristão votar em incompetente e
corrupto. Votar neste senhores é votar no sofrimento para si e para
o próximo. Votar em corrupto nos leva a questionar sobre o nosso
próprio caráter. Vote pensando: Jesus
votaria neste senhor ou senhora? Os apóstolos votaria nela ou nele?
E os discípula da época apostólica votaria nele(a)?
2-
Chance do candidato de ser eleito e competência para exercer o
mandato
Um
candidato para ser eleito precisa alcançar o coeficiente de votos
necessários. Para calcular a quantidade de votos necessário
para
eleição
de um
vereador é simples. Pegue a quantidade de votos válidos e divida
pela quantidade de vagas para vereadores. A
quantidade de votos necessários para eleger um vereador é muito
grande. É
muito difícil um candidato eleger sozinho sem
coligação.
Devido esta questão os vereadores são eleitos na maior parte das
vezes nas coligações. Os votos daqueles que não estão nos
primeiros lugares são transferidos para os mais fortes. Os votos dos
candidatos mais fracos vão para os mais fortes. Vote em cristão
verdadeiro, competente e que tenha chance de ser eleito.
3-
Questões circunstanciais e pessoais
A
decisão deve ser tomada pela prioridade dos princípios, competência
e possibilidade de ser eleito. Todavia, quando a pessoa tem a sua
vida envolvido no governo, ele tem que ver se não estar elegendo um
partido anticristão. Devemos eleger candidatos cristãos. Porém, na
falta de pessoas qualificados podemos eleger candidatos não cristãos
de qualquer partido, menos candidatos
e partidos
anticristãos.
Atualmente o partido que mais trabalha
contra valores cristãos é o PT. Quem voto em favor de vereador e
prefeito do PT, estará elegendo deputados e senadores do
PT quando o prefeito fazer campanha para eles.
Atualmente, no estado da Bahia, o governo petista proibiu que as
escolas estaduais sedam o espaço físico
para eventos religiosos
e quem é atingidos frontalmente são os cristãos evangélicos.
Ora, o espaço da escola é público. Nós pagamos impostos como
qualquer outro e isto é uma forma de retalhação e perseguição
religiosa por ser estes contra a ideologia petista. Aqui mesmo em
Itapetinga, a Igreja Sheckinah
foi ao Colegio Alfredo Dutra, entregaram o oficio e a Direc negou o
pedido. Eles fizeram o evento numa escola municipal. Já fiquei
sabendo desta mesma conversa no Colégio Modelo.
Consideração finais
O nosso voto define
a qualidade de vida e os direitos de todos. O seu voto está decidindo sobre
o que é família ou não, se o cristão vai ou não vai para a
cadeia por acreditar e seguir princípios da Bíblia. Sigam os
princípios cristãos, escolha os candidatos
com chance
de serem
eleitos,
que tenha competência
para exercer o mandato e nas
questões pessoais lembrem-se do seu compromisso com Deus.