domingo, 3 de outubro de 2021
Curso de Bibliologia - Parte 3 - II Unidade - Texto
SEGUNDA UNIDADE
I– TRÊS ASPECTOS BÍBLICOS
II – A GRANDE DIVISÃO
III- MATERIAL DE ESCRITA DO VELHO TESTAMENTO
IV – MATERIAL DE ESCRITA DO NOVO TESTAMENTO
V – TINTA E INSTRUMENTOS DE ESCREVER
VI – ESTATÍSTICA BÍBLICA
VIII- A FALA DE DEUS É SUA REVELAÇÃO
IX – O MÉTODO DA REVELAÇÃO
X – DIFERENÇAS TEOLÓGICAS
I– TRÊS ASPECTOS BÍBLICOS
1- UM LIVRO APENAS
Embora já tenhamos falado em vários escritores e nos 66 livros que compõem a Bíblia, ela é na verdade apenas UM LIVRO. Podemos dizer 66 grandes capítulos, de um único grande livro.
2 – UM ASSUNTO APENAS
Só há um único e grande assunto deste livro é a REDENÇÃO. Esse assunto já começa em Gn 2:04. quando aparece pela primeira vez um dos nomes de Deus, conhecido como YAVÉ. Este nome está diretamente ligado a redenção do homem. De suas raízes gramaticais provém também os nomes : Josué no VT e Jesus no NT. Jesus (grego): Salvador – Cristo : Ungido.
O assunto REDENÇÂO é exaustivamente discutido em todos os 66 livros de modo figurado no VT e diretamente no NV, até a gloriosa conclusão do último livro.: Apocalipse.
3 – UM AUTOR APENAS
Mesmo tendo vários escritores a Bíblia tem um só Autor. E isso só foi possível mediante o processo da Inspiração (II Tm 3:16), assunto que estudaremos mais adiante.
Seu Autor, como ela mesma apresenta é o Espírito Santo – (II Tm 3:16, II Pe 1:21, II Sm 23:02, At 1:16, 28, 25 etc.
II – A GRANDE DIVISÃO
A bíblia está divida em duas grandes partes:
1. Novo Testamento
2. Velho Testamento.
Estes nomes têm sido usados desde o segundo século A/D. Sendo que os judeus têm conhecimento apenas do VT, enquanto os cristãos reconhecem tanto um como o outro.
Aliás, é bom termos em mente que a bíblia são dois Testamentos juntos. Eles são inseparáveis, um completa o outro.
A palavra “Testamento”, encontrada na bíblia ( II Cor 3:6 e Hb 9:15,17) não tem a mesma conotação que conhecemos em português. Isto é o desejo ou vontade última de alguém que está preste a morrer. Ela deve ser interpretada à luz de: Jr 31:31-34, Hb:7;22, 8:6, 10:16, etc.
O termo hebraico e grego para expressar “Testamento”, nos dão nítida idéia do significado que ela tem na bíblia. No VT a palavra é “BERITHE” e seu equivalente no NT é “DIATHKKE”, e ambos significam literalmente PACTO ou CONCERTO entre Deus e o homem. Não nenhum mal em usarmos a palavra Testamento desde de que observemos o sentido que ela tem na ESCRITURA.
A – OS LIVROS DO VELHO TESTAMENTO
Curso de Bibliologia - Parte 4 - III Unidade - Texto
I – TEXTO E CRÍTICA
1
– O Texto
Este
vocábulo provém do latim “TEXTO” e significa literalmente “TECIDO” – Ele entrou
na linguagem literária com seguinte sentido: São todas as palavras de um livro
ou documento, bem como citações de parágrafo.
A
idéia é que o assunto abordado pelo autor, está entrelaçado( tecido), do
princípio ao fim , e todas as partes devem ser vistas como dependentes formando
um todo. Está idéia é perfeitamente válida para a Escritura.
A
bíblia já teve um texto original, entretanto, até onde se sabe, não mais
existe, por isso, quando alguém hoje diz: “ No original está assim.”, não está
sendo muito correto. Na verdade, o que temos são cópias de texto no original.
A
cópia manuscrita que existe agora, varia muito, contendo várias notas
explicativas, produto do número interminável de cópias que foram feitas do
mesmo texto original.
É
trabalho de CRÍTICA TEXTUAL reconstruir um texto satisfatório, que mais se
aproxime da idéia do original.
A
Crítica Textual pois, busca determinar o sentido exato e correto das Escrituras
como existiu no documento verdadeiro, eliminando erros, interpolações e
variações, que foram introduzidos durante o longo processo de cópias do
manuscrito original.
A Crítica Textual é chamada também de BAIXA
O
vocábulo provém do grego – “KRINO” e significa “JULGAR”. É o processo de
julgar, provar, testar uma obra, seja
ela religiosa, filosófica ou histórica. O resultado é : ESTABELECIMENTO,
MODIFICAÇÃO ou REJEIÇÃO.
A
Crítica Bíblica pois é, a ciência que busca através de uma inquirição
criteriosa e detalhada, assegurar as palavras e o sentido exato do manuscrito
original, por meio de evidências externas, históricas e tradicionais.
A
Crítica Bíblica tem dois ramos:
A –
HISTÓRICA
Busca
determinar a data, autora, composição, fontes, caráter, valor histórico,
canocidade, genuinidade, autencidade, etc.
É
também chamada de Alta Crítica.
B –
TEXTUAL
Estas
duas críticas, em si mesmas são legítimas e boas, todavia, atualmente, as duas
se fundiram numa só, ficando conhecida apenas como ALTO CRITICISMO, em tem se
ocupado de um demoníaco criticismo destrutivo.
Isto
tem sido feito pela influência de um grupo de modernos teólogos liberais, que
ao poucos vão negando tudo aquilo que é básico na palavra de Deus. Chamamos
esta crítica de destrutiva porque sua função é apenas descobrir erros na
Escritura e nada mais. Enquanto a outra (construtiva), examina o mesmo texto de
um certo padrão ou critério e com vistas a preservá-lo de erros.
1.1 – INSPIRAÇÃO