terça-feira, 12 de abril de 2011

Compreensão Ou Incompreensão Teológica das Tradições Religiosas




AUTORIA :Marcio Gil De Almeida

INTRODUÇÃO:

O universo teológico é incrível nas suas reflexões. As reflexões nos enriquecem , pois promovem em nós crescimento intelectual e espiritual. Acreditamos que compreender é um desafio perigoso. Quando compreendemos corretamente somos iluminados, quando não compreendemos corretamente, somos escurecidos pela incompreensão. Contudo, não podemos lançar fora este desafio por causa do perigo, devemos arriscar, pois arriscar é pertinente a fé.

O texto que recebemos para esta monográfica é encantador, todavia não significa que fomos encantados, seduzidos e levados. Ele nos mostra uma compreensão adversa do meio evangélico. A visão das religiões não-cristãs, consente um status de aprovação acerca da salvação e da inspiração dos escritos sagrados, totalmente fora da realidade bíblica-evangélica. O mistério pascal é apresentado como participativo das tradições religiosas não-cristãs. As outras religiões também tem livros inspirados por Deus. Será isto uma compreensão ou incompreensão teológica das tradições religiosas? É o que vamos ver nesta reflexão de fé.

ÍNDICE




INTRODUÇÃO................................................01




COMPREENSÃO OU INCOMPREENSÃO TEOLÓGICA DAS TRADIÇÕES

RELIGIOSAS ...............................................02




CONCLUSÃO.................................................05




BIBLIOGRAFIA..............................................06




Compreensão Ou Incompreensão Teológica das Tradições Religiosas




Uma compreensão teológica é participativa do tradicional e do novo, do perfeito e do imperfeito, levando nos a uma conclusão de que autenticidade nem sempre quer dizer veracidade. O que passaremos a refletir sobre o tema compreensão ou incompreensão teológica das tradições religiosas em antagonismo ao texto teológico: Compreensão teológica das tradições religiosas.

A revelação e a realização do plano universal de Deus são amplas, todavia não podem ser contraditórias. O plano de revelação salvífico de Deus, se estabeleceu e se estabelece num processo progressivo desde do Gênesis até o Apocalipse, início e fim da história humana. Deus já mostrou que o único caminho, verdade e vida para a salvação estão em Cristo, não estão em religiões pagãs que contradizem a fé cristã. Isto, não quer dizer que não haja alguma verdade nestas religiões, no entanto é incoerente o acreditar que estão engajados no plano salvífico de Deus, trazendo salvação para os homens no Cristo Cósmico, que é real, pessoal e soberano.

Não podemos caminhar na vereda de uma compreensão teológica que contradiz as Escrituras Sagradas. O nosso ponto de partida de compreensão teológica deve ser, prioritariamente a Bíblia, depois os outros elementos constitutivos duma visão teológica. A verdade é, a reforma protestante toma como base para toda reflexão teológica As Escrituras Sagradas, enquanto a Igreja Católica sempre teve dificuldades de seguir esta visão. Um grupo cristão que tem como Revelação de Deus: a Bíblia, a palavra do papa(líder), as tradições e a sua escolástica; jamais irá chegar à mesma compreensão teológica que os evangélicos professam.

Quando entendemos que fé, constitui-se de elementos compreensivos duma teologia própria, é difícil considerarmos uma religião não-cristã, como instrumento de Deus para a salvação do homem. Religião não-cristã, continua não cristã e a sua terminologia não faz diferença alguma. Mudar terminologia sem mudar conteúdo é ilusão inconseqüente.




"O Vaticano II nos oferece a base para a formulação acima: "Essas religiões.. .não raro refletem uni raio daquela verdade que ilumina todos os homens", a saber, de Cristo, caminho, verdade e vida. Se somos cristãos, conhecemos o Cristo; podemos e devemos também reconhecer o Cristo onde quer que ele esteja. Se somos realmente cristãos não contestaremos esse reconhecimento. Por isso é que nos pedem, pelo próprio fato de sermos cristãos, de "no testemunho da fé e vida cristã, reconhecermos, preservarmos e promovermos os bens espirituais e morais encontrados entre esses homens, bem como os valores de sua sociedade e sua cultura"




Os princípios aqui colocados pelo Vaticano II estão corretas e incompletas, levando a uma interpretação equivocada, produzindo uma aplicação inexata. A relevância da revelação histórica judaica-cristã, não deve ser tirada como principio primordial para um posicionamento teológico, pois isto pode nos levar a caminhas enganosos e auto-destrutivos para nossa fé e igreja de Deus.




A realidade do vinculo com o mistério pascal - o evento do Cristo salvífico - "vale não só para os cristãos mas para todos os homens de boa vontade, em cujos corações a graça trabalha de modo invisível. Porque, uma vez que Cristo morreu por todos os homens, e uma vez que a vocação suprema do homem é, de fato, única e divina, devemos crer que o Espírito Santo, de um modo que só a Deus é conhecido, oferece a todo homem a possibilidade de se associar ao mistério pascal"




Não podemos nos esquecer de princípios, tais como: arrependimento, conversão, confissão; para a salvação do homem. Estas pessoas que estão nas religiões não-cristãs , estão consciente, crentes em sua doutrina e vivenciando um estilo de vida peculiar à sua fé. Não são pessoas na ignorância total. Necessitam de arrependimento, conversão e confissão para serem salvas. No entanto, não podemos ser totalmente fechados para esta questão, quanto aos que estão na total ignorância. A questão da religião ser não-cristã, não é relevante, como diz o texto do acima: "...devemos crer que o Espírito Santo, de um modo que só a Deus é conhecido, oferece a todo homem a possibilidade de se associar ao mistério pascal.." Na Epistola aos Romanos, o apóstolo Paulo, afirma o seguinte: "...Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei;Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os..." Esta possibilidade está nas mãos de Deus; nas nossas mãos está o evangelho da salvação para ser proclamado a todo homem.







"...Não basta dizer que Cristo está ativamente presente neles: temos que deduzir de que maneiras essa presença se torna realidade. As tradições religiosas podem ser definidas como ‘qualquer conjunto de crenças e práticas que incorporam os supremos valores do homem, e às quais ele se entrega com fé e com a esperança de encontrar por meio delas a sua plenificação final'. Tendo corpos e vivendo em sociedade podem as pessoas entrar em contato com Deus e corresponder a ele, e deste modo só alcançam a salvação através dos fenômenos históricos-socios-religiosos ‘no contexto de suas tradições religiosas'. Por outras palavras, as crenças e práticas devem originar-se de Deus. Logicamente concluímos daí que a realidade da revelação é possível nas suas situações religiosas e de vida; a sua Escritura deve ser inspirada deste ou daquele modo (analogicamente, pelo menos), e as suas práticas religiosas (e.n. as samaskaras no Hinduismo) podem ser meios visíveis de salvação: devem-se conceder e reconhecer neles, num sentido ou outro, a revelação, a inspiração e a salvação se nos abrirmos às declarações do Vaticano 11 e somos coerentes com elas. E o que afirmamos em Nagpur: ‘As diversas escrituras e ritos sagrados das tradições religiosas do mundo podem ser, em graus diversos, expressões de uma divina manifestação e serem úteis à salvação..."




Apesar de parecer que esta compreensão teológica em que se reconhece a inspiração divina nos escritos das religiões não-cristãs, ser muito mais ampla na relação revelação-tradição, Deus-homem, ela nos diz que a fé cristã e a Bíblia, judaica-cristã, são apenas mais uma religião e mais um livro sagrado dentre muitas religiões. Esta revelação universal nos escritos religiosos se mostra contraditória, pois são vários os caminhos a serem seguidos. São SOTORIOLOGIAS diferenciadas que não comungam da mesma fé e natureza. Elementos e intenções coincidentes são natural ao homem que busca o caminho correto, sem significar que estão no caminho correto. Quando o homem está num caminho, num caminho não estar só, está acompanhado dum contexto, dá sentido e vida ao mesmo; isto é comprometedor. Deus procura verdadeiros adoradores cristocêntricos que depositam a fé na verdadeira revelação de Deus: As Escrituras Sagradas.

Podemos ter boas relações com outras religiões, sem contudo negar a nossa fé e aprovar caminhos tenebrosos. Sempre estamos sujeitos ao erro e o erro é possível a qualquer instante, contudo quando usamos tradições, culturas e filosofias ao invés das Escrituras Sagradas como ponto de partida e guia nas reflexões teológicas, cometemos um grande equívoco na compreensão teológica. . A revelação base é a Bíblia e da Bíblia tiramos a compreensão teológica mais adequada.

Com tanta incompreensão teológica não faz sentido a evangelização. Quem vai querer arriscar a vida para evangelizar os mulçumanos apenas para trazer mais profundidade no conhecimento da salvação em Cristo, se todos já estão salvos? Quem? Nós não queremos ampliar o status quo salvífico dos outros, queremos que haja arrependimento, confissão, conversão e salvação verdadeira em Cristo. A evangelização é uma necessidade sem igual, porque não há outro caminho de salvação que não seja Jesus Cristo, acompanhada de arrependimento, confissão, e conversão em Cristo Jesus.







CONCLUSÃO:










Uma forma de pensar interessante, deve ser examinada com atenção e com imparcialidade. Uma forma de pensar diferente, não quer dizer que ela estar errada. Esta visão teológica é muita arrojada, o que faz do teólogo um pensador magnífico. No entanto, equívocos podem acontecer com qualquer teólogo. Este um é caso possível de equivoco teológico. Como pode acontecer um engano tão magnífico com conseqüências tão desastrosas para fé cristã? Está Deus entrando numa confusão soteriológica ou foi o homem que a gerou? Esta compreensão teológica das tradições religiosas não é aplausível; pois ela se perde e se contradiz como compreensão da revelação salvífica de Deus e inspiração de livros sagrados. A fé compreende vários aspectos e um deles é a coerência. Podemos ver que as religiões não-cristãs possuem elementos positivos e esses elementos não as fazem instrumentos do mistério pascal ou as tornam em meios diferenciados de salvação. As suas doutrinas não concordam com o cristianismo, tão pouco, elas concordam entrem si. Os seus livros não são inspirados e se são, estamos na carreira cristã-bíblica em vão. A máxima popular que diz: "todos os caminhos levam a Deus" é pertinente a este documento teológico que a nós fora exposto; ainda que não haja uma declaração escrita de forma tão clara. Só há um caminho, uma verdade e uma vida: Cristo Jesus. Só há uma forma de estarmos neste caminho, nesta verdade e nesta vida. Esta forma constitui-se de fé, arrependimento, confissão e conversão. O resultado desta formula é a formação da igreja e a igreja produz várias correntes cristãs que adotam a Bíblia, como único livro inspirado, como livro de regra de fé e prática. A igreja de Cristo não pode gerar uma compreensão teológica das tradições religiosas sem passar prioritariamente pelas Verdadeiras Escrituras Sagradas: A BÍBLIA. Este documento incompreende as tradições religiosas do ponto de vista da Bíblia. Agora, quem quer ficar livre dos parâmetros bíblicos para produzir teologias diferenciadas, produzirá confusão e não compreensão; apesar de ser criativo e agradável.








































BIBLIOGRAFIA







Apostila da FASTE,Metodologia Cientifica.




SHAEFFER, Francis. A Morte da Razão. São Paulo,ABU Editora S/C,

São Jose dos Campos, Editora Fiel. 1993

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