terça-feira, 12 de abril de 2011

UMA SEGUNDA REFORMA PROTESTANTE




A Igreja protestante precisa uma segunda reforma: UMA SEGUNDA REFORMA PROTESTANTE. Isto significa de que o modelo antigo valeu e algo aconteceu que precisamos voltar aos princípios da Reforma, ao contexto atual, tais como:  A verdadeira religião está baseada nas Escrituras Sagradas;  A religião devia ser racional e inteligente;  Ênfase na religião pessoal, sem intermediação sacerdotal;  Ênfase na religião espiritual, sem formalismos; A necessidade da reforma mostra-se pelos fatos nas praticas da igreja atual. Vejamos: 1- A verdadeira igreja evangélica é baseada no Evangelho de Cristo. Parece até brincadeira, mas a igreja esta perdendo o seu principal conteúdo: "O evangelho de Jesus Cristo". Muitas igrejas estão formando um evangelho cheio de capuêtes, de falsas esperanças, de neuroses teológicas, e de perda do sentido do que vem a ser Igreja. Ser um grupo reunido dizendo ser igreja não quer dizer ser necessariamente Igreja, podem ser pessoas expectadoras do evangelho de Jesus Cristo. A igreja precisa voltar ao Evangelho: de Cristo (cristocêntrico), da cruz, do reino de Deus, do tesouro do céu (pois o do tesoura da terra já tem demais), da ide e pregai, do amar, da justiça e misericórdia, da esperança da volta de Cristo, etc. Jesus está a porta batendo e as igrejas estão deixando Jesus de Fora. Isto não pode continuar assim. 2- A igreja precisa ter um reforma política(arte de bem governar) imediata com as suas prioridades a serem alteradas. É incrível, mas tudo passa por uma política. Isto existe nas denominações. Não tem como fugir, temos que encará-la. A questão é o que fazer. a- Política de Prioridade: as pessoas devem valer mais do que a instituições -denominações. A mentalidade dos crentes é: "Só os que pertencem a minha denominação são salvos, ungidos, ou teologicamente preparada". A comunhão só é possível quando as pessoas são valorizadas igualitariamente, como é devido. b- Política de Prioridade: as pessoas devem valer mais do que as coisas As denominações levam os lideres a refletirem os valores intrínsecos das suas organizações ao rebanho. Pergunta-se: Por que o povo está sendo materialista, buscam bênçãos e não compromisso? Resposta: Porque a política de guiar líderes é por uma teologia individualista: "Cada um por si e Deus por todos". O dinheiro do ministério não é dos ministros, é para o mais papudo, o que tiver mais sorte, o que for mais santo, o que for mais ungido, mais homem de Deus, o que for o presidente do ministério, etc. Uns ministros quase passam fome com suas famílias e outros regalam em suas fortunas. "Deus abençoa uns e não abençoa outros". As Ordens de ministros se reúnem para formarem "leis de proteção ao bom nome do ministério", mas ao necessitado não há consolo, pois Deus é para abençoar e os colegas para criticar. As denominações valorizam o novo campo aberto, mas o obreiro de Deus deve ir pela fé. Os templos são levantados para a glória da denominação, mas os líderes padecem... Então os lideres brigam entre si. Competem entre si. Uns passam perna no outro para tomar o rebanho, Ministros sofrem nas mãos de ministros maldosos, injustos, maquiavélicos e armam ciladas para derrubar o subalterno. Sistemas denominacionais que funcionam para uns e para outros não. Sistemas montados para crescer o grupo e jamais as pessoas do ministério, com exceção àqueles que pertencerem à panelinha. Se um pastor fica sem rebanho, que Deus o ajude. Quem sabe se ele tiver um bom pistolão possa ir a algum lugar. Lembre-se: "Cada um por si e Deus por todos". Isto precisa mudar. Deus não está governando, pois os valores de Deus não estão sendo vividos, como: a misericórdia, a justiça e o amor. Precisa-se valorizar as pessoas, reformar as organizações a ponto de deixarem o egoísmo da tradição denominacional e da síndrome do ungido inquestionável. As denominações evangélicas estão perdendo campo para outras religiões porque perdemos o nosso primeiro amor (valores de Deus: Justiça, misericórdia e amor). Só a vida de Deus pode gerar no líder a capacidade de romper com o velho para novo. Jesus disse que os seus seguidores deveriam ser melhores do que os fariseus e hoje temos que perguntar: Estamos sendo melhores dos que os fariseus? Não podemos correr o risco de sermos classificados por Jesus de HIPÓCRITAS. O rebanho está doente, basta verificar os seus critérios de julgamento dos fatos que envolvem as suas igrejas e os seus obreiros as suas vidas. Perceberemos que a aparência, o status, o dinheiro e a fama valem mais do as pessoas. O show vale mais do que a verdade.Tudo tem mais valor, só não valem as pessoas. Precisamos voltam para o Evangelho de Jesus Cristo. c- Política de Prioridade- Ministério e Formação teológica de qualidade - Não podemos proibir que o ministério seja exercido por leigo, mas o leigo não pode continuar no laicato. A boa formação dos ministros deve ser realizada com o ministério em exercício. Desta forma uni-se o útil com o agradável. Os evangélicos cresceram bastante com o trabalho dos leigos, especialmente em denominações pentecostais. Agora é inaceitável que as denominações não tenham algum tipo de política que estimulem e honrem o crescimento teológico, sem promover discriminação àqueles que ainda não completaram a sua formação teológica. Todos ministros que não têm formação teológica deveria está debaixo da tutela dos que são formados. As denominações deveriam ter um plano padrão financeiro, de previdência, de saúde, acompanhamento ministerial no pastoreio e no amparo ao pastor sem campo, inclusive os novos ministros que terminam o seu curso teológico e que esperam a devida oportunidade. As igrejas deveriam ser instruídas como escolher e tratar os ministros. Infelizmente muitas igrejas não sabem valorizar e respeitar os ministros do Senhor. Deveria haver um programa das ordens de ministros para formar uma consciência ministerial nas igrejas e diante de crises buscar a solução com menos prejuízo possível. d- Política de Prioridade - Missões com responsabilidade- Missões deve ser feita com uma boa administração. Fases da administração: Captação dos recursos financeiros para todas as despesas, incluindo uma boa remuneração do missionário, escolha do candidato com ministério na área, formação em missões, estratégia definida e outros acompanhamentos necessários. e- Política de Prioridade - Estratégia de crescimento- As denominações necessitam de metodologia de crescimento com a devida filtração das heresias, das neuroses, dos espiritualismos, dos misticismos. Contextualização, criatividade e ousadia num método. f- Política de Prioridade - Pluralidade ministerial- A maioria das denominações tem o ministério pastoral com a honra única. O único a trazer maiores realizações financeiras e outras honras diversas. Um dos poucos ministérios de Efésios 4:11 que tem espaço e apoio na igreja. Na eclesiologia batista, pastor é oficio; no entanto, não é exclusivo de honras na bíblia. A igreja precisa reformar a sua visão plural de ministério. O Evangelista, o apóstolo, o mestre (e outros) precisam receber formação especifica, o espaço, a colocação e a remuneração ministerial. g- Política de Prioridade - Cooperação interdenominacional- As denominações precisam cooperar em projetos sociais, missionários e outros. Uma reforma na mentalidade. Uma atitude anti-egoísta e anti-exclusivista precisa ser instalada na liderança das denominações. A igreja atual deve lutar pelo crescimento do povo de Deus em áreas que uma só denominação teria grande alcance. Estas áreas necessitam de grande investimento e só com a interdenominação será possível. Esta questão enfrenta varias dificuldades de relacionamento entre lideres de denominações diferentes. Devido a isto resolvi transcrever um artigo do Boletim STEL/OMEI (Seminário Teológico Evangélico Logos e Ordem de Ministros Evangélicos de Itapetinga) que convoca pastores de denominações diversas a unirem em compromisso para trabalharem juntos: "Titulo: Um Grande Problema Problema é um pão a ser comido. Só é resolvido se eu comer. A questão é: Eu aguento? Você aguenta? Nós aguentamos? Liderar ovelhas é complicado e liderar pastores de ovelhas, pode ser mais ainda. A ovelha chega até ter medo do seu pastor e o pastor, acostumado a liderar e a sentir-se dono de si, não tem medo de ninguém. Aceitar, submeter-se e apoiar a liderança de outro pastor é um ato revolucionário para poucos corajosos e humildes; principalmente, se eles não dependem economicamente. E é aí que entramos na necessidade de chamar a atenção dos pastores; pois sabemos de que aqueles que não são humildes, logo darão uma desculpa para boi dormir e sumirão do mapa. Os humildes e corajosos enfrentam o espelho da Palavra de Deus e mudam mediante a necessidade, promovendo uma revolução tremenda. Preste atenção no que vou dizer-lhes. Será muito forte. Não fiquem escandalizados, edifiquem-se examinando tudo e retendo o que lhes forem de proveito. Às vezes sonhamos com um povo evangélico unido e vitorioso. Sonhamos em que a maioria seja evangélica. Sonhamos com um povo evangélico vivendo em plena paz e sem discriminação religiosa, política, da mídia televisiva, escrita e radiofônica. Sonhamos poder dezer: "sou pastor" e não ser acusado de ser ladrão ou enganador. Sonhamos que políticos, empresários e a imprensa venham dar a nós o respeito merecido, como de fato merecemos. Já tive a infeliz experiência de passar e de ver outros pastores de serem tratados "democraticamente" com pouco caso. Aonde vão pedir patrocínio para seus eventos e recebem propostas humilhantes. No ano retrasado fomos a Azaléia e nos deram uma ajuda humilhante para a Marcha e no ano passado(2003) recebemos uma resposta via carta nos comunicando que não havia recursos. A mesma atitude está na maioria dos empresários e do poder publico. Alguns meses atrás a Câmara não votou favorável uma homenagem a um pastor de 50 anos de ministério na cidade, na qual deveria mudar o nome da Rua dois de Julho para o nome do pastor favorecido. Para nossa desonra não foi aprovado. E para mostrar o total descaso, até um vereador evangélico votou contra. Com isto posso dizer: "foi apenas um exemplo e nós não podemos ficar inertes diante de tal situação". Sonhamos o melhor para o povo evangélico. Sonhamos, sonhamos e sonhamos... No entanto, todavia, e assaz nós dizemos o que queremos como a realização do sonho, agora, vejam a contradição: Nós lutamos contra nós mesmos, lutamos contra o Sonho de Deus para nós. Nós nos omitimos quando Deus toca a trombeta. Fazemos isto quando nos ausentamos das reuniões, convocações e eventos; pois, a nossa presença é a Grande Porta Voz da nossa real vontade e disposição de lutar contra as humilhações e discriminações. A nossa ausência é o atestado de que não queremos lutar e nem pagar preço.Atrás destas atitudes existe o maior inimigo dos evangélicos. E nós vamos descobrir o maior inimigo dos evangélicos. Este inimigo acredita como o evangélico, fala ou prega como evangélico, veste como evangélico, vai ao templo como evangélico, ora como evangélico, diz que é salvo e santo como evangélico, leva Bíblia como evangélico, dizima e oferta como evangélico. E, finalmente, o maior inimigo dos evangélicos são os próprios evangélicos. Inimigos de si. São totalmente egoístas. Eles só pensam nas suas igrejas, nos seus cultos, nos seus status, nos seus horários, nas suas finanças que estão ou vão entrar no caixa. Eles não renunciam as suas opiniões em detrimento com uma opinião melhor ou da maioria para trabalharem juntos com outras pessoas diferentes de denominações diferentes, eles não fazem a separação de questões pessoais da causa maior do povo de Deus", eles não perdoam e nem usam de diplomacia e são donos da verdade. Eles ouvem a trombeta tocar para estarem juntos, irem a uma vigília e pagar uma pequena taxa da OMEI, e, então, formulam várias desculpas para não semear, tais como: Não tem dinheiro; no entanto, eles arrumam o dinheiro para pagar aluguel, gasolina de carro, mensalidade de carro, passear, comer, beber, vestir, lanchar, viajar, almoçar em restaurantes, pagar a taxa do futebol, e outras despesas. Agora, dinheiro para pagar uma mensalidade da OMEI, é algo revoltante e absurdo para qualquer esforço! Honrar o que acredita em estar como membro da OMEI não é uma questão facultativa. Queremos que você leve a sério a sua membresia na OMEI. Não estamos brincando. Somos ou não. Discípulos do Senhor Jesus? Se convocamos para a vigília, só quatros pastores podem estar presentes; porque só eles não têm o que fazer, são desocupados e vão orar, que é uma coisa para quem não tem nada o que fazer. Os demais sempre tem desculpas. Desculpas que explicam, mas na sua maioria não justificam. Simplesmente, repetimos o descaso de certos membros das nossas igrejas. Deus é testemunha do nosso comportamento. Eu não posso mudar você e nem a sua atitude para com a OMEI, só existem duas pessoas que podem: Você e Deus. E eu garanto, Deus tem feito a sua parte...Se você acha errado o que estou dizendo ou escrevendo, proponha minha saída da presidência; pois, será mais proveitos para todos.Somos ou não somos discípulos do Senhor Jesus? Que Deus Te abençoe e tenha misericórdia de todos. I Coríntios 15:57-58: "Graças a Deus que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, sedes firmes, constantes, e abundantes na Obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão. Mateus 10:38" E quem não toma a sua cruz e não segue após mim não é digno de mim." Mateus 16:24 "Então, disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-me;" Pr. Marcio Gil de Almeida, Presidente da OMEI-2004 e Diretor do STEl-2004. h- Política de Prioridade - Estratégia Política - As denominações precisam educar o rebanho para uma consciência política sadia. Elas devem entrar em acordo para formarem projetos e levantarem nomes de pessoas que possam representa-las em todas as instancias do poder publico. Devemos saber os nomes, telefones, endereços, e-mails dos vereadores, deputados estaduais, deputados federais, senadores e governadores evangélicos e mantermos um continua relação com os mesmos. A educação política sem a participação da liderança religiosa, já mostrou ser ineficiente na luta contra as perseguições religiosas. A educação política deve mostrar princípios para escolha dos candidatos com a consciência de qual a função exata, inclusive com as suas limitações. Devemos ter consciência que os evangélicos são discriminados nesta sociedade e que devemos lutar contra ela. Temos a necessidade de instruir os lideres a não procurarem o poder publico a nível municipal, estadual e federal para solicitar ajuda financeira; pois certamente seremos humilhados com as respostas, isso, quando temos respostas. A igreja deve fazer os seus cachorros-quentes, festivais e outros meios para levantarem os fundos necessários. Devemos protestar que o dinheiro público não seja gasto em passeatas gays, em carnavais, micaretas, festas juninas, em construções de igrejas católicas e em outras coisas que não são para o bem comum, que não para a educação, saúde, educação, segurança, etc. Devemos estimular a participação política partidária dos membros das nossas igrejas, o que é legal em todos os níveis, inclusive o nível espiritual e é honroso ao nosso Deus que trabalhemos com amor, justiça e misericórdia. Igreja evangélica não pode continuar sendo omissa. Precisamos avançar e continuar a reforma prioritariamente em nós e depois no mundo com o Evangelho do Senhor Jesus Cristo. AUTOR: PR. MARCIO GIL DE ALMEIDA


teologiastel@hotmail.com