Um relatório da Fundação “Ajuda à Igreja
que Sofre” (AIS) revela que de todas as confissões, os cristãos são os
mais sofrem com violência, discriminações e perseguições. O relatório
foi publicado nesta terça feira (16) em Lisboa, Portugal.
Williams Peter Sefton, presidente do
comitê editorial de informação da Fundação AIS, afirma nos relatórios
que cristãos de todas as denominações, “são o grupo mais exposto à
perseguição”, sofrendo com 75% dos atos de perseguição religiosa.
O relatório ainda revela que todos os
anos são assassinados 105 mil cristãos, numa média de um cristão morto a
cada cinco minutos. Segundo os documentos, cerca de 70 milhões de
cristãos foram mortos e desses, 45 milhões morreram somente no século
XX.
O relatório menciona alguns países onde o preconceito e perseguição religiosa são mais fortes, constatando que atualmente a liberdade religiosa é altamente problemática.
A situação é agravante, principalmente,
nos países onde a Constituição favorece a existência de uma religião
oficial que não dá espaço às outras crenças, como é o caso da Arábia
Saudita. Além disso, Estados em que é possível expulsar legalmente
pessoas de diferentes credos, também são vistos com intolerantes, como
acontece, por exemplo, no Tajiquistão.
Outro país onde os cristãos sofrem é o
Afeganistão. Lá as pessoas podem ser acusadas por apostasia (renúncia à
religião original) e por blasfêmia. Em 2011, uma ‘caça’ aos cristãos foi
permitida pelo presidente Karzai. Cerca de 20 pessoas foram detidas e
embora tenham sido depois libertadas, um homem foi condenado à morte e
forçado depois a abandonar o país, com a família.
No Afeganistão, a minoria cristã afegã
(0,1% da população) é convertida do Islão. Os cristãos são obrigados a
praticar a sua religião secretamente para não serem condenados e
executados por grupos radicais, à margem da lei, fato ocorrido com um
muçulmano convertido, Abdul Latif, decapitado com imagens divulgadas por
grupos talibã “como exemplo” contra a apostasia.
O relatório apresenta o resultado de pesquisa
realizada em 196 países durante todo o ano de 2011 e no primeiro
semestre de 2012, revelando o nível internacional sobre a situação das
minorias religiosas no mundo e não apenas cristãs.
As análises realizadas nos países não
levaram em consideração somente as leis religiosas, mas critérios como a
liberdade de expor a religião e realizar a pregação a outras pessoas.
Fonte: The Christian Post | Divulgação: Midia Gospel