O líder do partido na Câmara anunciou que passará a votar as matérias de maneira independente.
por Michael Caceres
Nesta
quarta-feira (12) o líder do Partido Social Cristão (PSC) na Câmara,
André Moura (SE), anunciou que a sigla passaria a votar as matérias de
maneira “independente”. A decisão do PSC não significa que o partido
esteja rompendo com o Governo. “Não estamos rompendo nem aderindo à
oposição”, disse Moura.
Apesar de não ter um número
expressivo na Câmara dos Deputados, o PSC tem forte influencia na
bancada evangélica, que representa um público estratégico para a
presidente Dilma Rousseff.
“Vamos
agir com independência e encaminhar as matérias da maneira que for
melhor para o país”, afirmou Moura. “Vamos dizer ‘sim’ quando
entendermos que for melhor e ‘não’ quando acharmos que não será melhor”,
disse o parlamentar.
Logo após anunciar sua decisão
um dos nomes mais influentes no partido, pastor Marco Feliciano (SP),
usou o Twitter para pedir que o PSC rompa em definitivo com o Governo.
“Peço
ao PSC Nacional na pessoa do líder André Moura e ao Presidente Everaldo
que de uma vez por todas rompam com esse Governo arrogante!”, disse o
deputado.
A bancada evangélica é composta por 70
parlamentares de 15 partidos. A Câmara dos Deputados tem um total de 513
deputados federais. Caso se confirme o rompimento do PSC com o governo
Dilma, a presidente pode perder os principais aliados para a conquista
do segmento evangélico.
A bancada do PMDB também havia
decidido votar as matérias de forma independente e chegou a defender
que a aliança nacional com o PT, firmada nas eleições de 2010, seja
rediscutida pela Executiva Nacional do partido.
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