Marcio Gil
de Almeida
Teólogo e
Pedagogo
Sétima Realidade - Proteção ou Superproteção
Educar os filhos envolve proteção e não deve ser
confundida com superproteção. Dividi este texto em duas partes. a primeira, as historias para ilustra e a segunda, o desenrolar do tema:
I- HISTÓRIAS PARA ILUSTRAR
01 HISTÓRIA
A mãe foi chamada à
escola onde o seu filho estudava. O motivo é que o menino agrediu fisicamente
outro garoto e xingou a professora. A direção escolar mostrou os fatos (gravado
pelo sistema interno de vigilância da escola) e era esperado que a genitora
dissesse ao garoto que ele estava errado e que não deveria repetir tal
indisciplina. Para surpresa de todos, a mãe reagiu defendendo o filho e com
violência verbal xingou a professora e o garoto agredido que não estavam
presentes naquele momento. Gritou com a diretora dizendo que era incompetente,
pediu a transferência do seu filho e foi embora. E qualquer semelhança é mera
coincidência...
02 HISTÓRIA
A mãe não aceitava que o seu filho corresse algum tipo de aborrecimento. Qualquer coisa que acontecesse na escola buscava o mesmo para sua casa. A proteção era tamanha que mentia para o marido que o filho estava na escola. Sendo que na realidade, ela o escondia debaixo da cama. Veja o resultado: O menino chegou aos 15 anos de idade analfabeto. E isto não conta outras tragédias decorrentes desta mãe irresponsável que trarei no próximo texto. ESTA HISTÓRIA É VERÍDICA. 03 HISTÓRIA
O pai desautorizava a
genitora e até mandava o filho vigiar a mãe. Era a mãe que devia obedecer um
adolescente de 13 anos de vida. Como o
genitor andava enlouquecido de ciúmes da mulher e queria usar o filho como
aliado para dominar a mãe, não percebeu o mal que estava fazendo para o filho,
para a esposa e toda a família. Quando o menino fazia uma coisa errada, o
genitor, para manter a aliança não declarada, mas existente; jamais chamava atenção do menino. A
genitora chamava a atenção do filho e o pai a desqualificava. Na escola o
garota era um bom aluno, mas no bairro começou a se envolver com falsos amigos
e se tornou o chefe de um bando. Quando o pai percebeu que o garoto estava
vendendo drogas, o chamou atenção e tentou orientá-lo. Infelizmente, o garoto
cheio de si e não conhecendo limites, não atendeu o pai e como estava envolvido
com gente da pesada, o ameaçou de morte se tentasse intervir nos seus projetos
e estilos de vida. Lembrem-se, qualquer
semelhança é mera coincidência...
04 HISTÓRIA
A superproteção pode ser
prejudicial à saúde física. Certa vez, ouvi uma história absurda. Os pais de tanto super-proteger os
filhos que, sem intencionarem, impediram
o desenvolvimento anticorpos.
I- DESENROLANDO O TEMA
ABRA O OLHO... PROTEÇÃO SIM, SUPERPROTEÇÃO NÃO.
ABRA O OLHO... PROTEÇÃO SIM, SUPERPROTEÇÃO NÃO.
A posição dos pais não
pode ser partidário e nem alienária ao zelo dos filhos. Devemos observar e
evitar os extremos. Não podemos confundir proteção com superproteção. A
proteção envolve amor, zelo e cuidados estratégicos. Na proteção não podemos
anular os filhos, não podemos tirar a
sua liberdade, não podemos dar-lhe uma liberdade sem limites etc. O limite é a
expressão da verdadeira liberdade.
Na proteção respeitamos
os papéis sociais. Nela não podemos perder o senso de responsabilidade e de
direitos conforme o papel que exercemos, tais como: pai, mãe, filho, avô, avó, professor etc. Em cada papel temos
uma função diferente. Os diversos papéis
na sociedade só funciona, se nós tivermos respeito a cada um.
Na superproteção não há
respeito quanto aos papéis do outro. Em casa aquele que super-protege pode
levar o filho a não respeitar o papel do pai ou da mãe, conforme o caso. Na
escola a superproteção pode levar o menino a não respeitar o papel do professor
ou da diretoria. A superproteção é uma falsa proteção que destrói o próprio
papel de ser filho. Quando o filho é
superprotegido, ele não consegue viver na dimensão de poder errar e ser
corregido. Ele é impedido de amadurecer.
Pode, também, ser impedido de viver momentos de confraternização e de
relacionamentos. A superproteção sufoca, constrange, agride e impede o
amadurecimento do filho. Nesta não há senso de justiça e o egoísmo impera. Na superproteção,
a criança é impedida de ser criança, o adolescente é impedido de ser
adolescente e o jovem é impedido de ser jovem. É um tipo de escravidão e de
prisão sem grades e sem algemas. Ela é
um veneno que contamina para destruir o filho e todos ao seu derredor.
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