terça-feira, 19 de março de 2013

Educando Filhos Nº 09 – Proteção ou Superproteção

Marcio Gil de Almeida
Teólogo e Pedagogo

Sétima Realidade - Proteção ou  Superproteção

Educar os filhos envolve proteção e não deve ser confundida com superproteção. Dividi este texto em duas partes. a primeira, as historias para ilustra e a segunda, o desenrolar do tema:

I- HISTÓRIAS PARA ILUSTRAR

01 HISTÓRIA

A mãe foi chamada à escola onde o seu filho estudava. O motivo é que o menino agrediu fisicamente outro garoto e xingou a professora. A direção escolar mostrou os fatos (gravado pelo sistema interno de vigilância da escola) e era esperado que a genitora dissesse ao garoto que ele estava errado e que não deveria repetir tal indisciplina. Para surpresa de todos, a mãe reagiu defendendo o filho e com violência verbal xingou a professora e o garoto agredido que não estavam presentes naquele momento. Gritou com a diretora dizendo que era incompetente, pediu a transferência do seu filho e foi embora. E qualquer semelhança é mera coincidência...

02  HISTÓRIA
A mãe não aceitava que o seu filho corresse algum tipo de aborrecimento. Qualquer coisa que acontecesse na escola buscava o mesmo para sua casa. A proteção era tamanha que mentia para o marido que o filho estava na escola. Sendo que na realidade, ela o escondia debaixo da cama. Veja o resultado: O menino chegou aos 15 anos de idade analfabeto. E isto não conta outras tragédias decorrentes desta mãe irresponsável que trarei no próximo texto. ESTA HISTÓRIA É VERÍDICA.

03 HISTÓRIA

O pai desautorizava a genitora e até mandava o filho vigiar a mãe. Era a mãe que devia obedecer um adolescente de 13 anos de vida.   Como o genitor andava enlouquecido de ciúmes da mulher e queria usar o filho como aliado para dominar a mãe, não percebeu o mal que estava fazendo para o filho, para a esposa e toda a família. Quando o menino fazia uma coisa errada, o genitor, para manter a aliança não declarada, mas  existente; jamais chamava atenção do menino. A genitora chamava a atenção do filho e o pai a desqualificava. Na escola o garota era um bom aluno, mas no bairro começou a se envolver com falsos amigos e se tornou o chefe de um bando. Quando o pai percebeu que o garoto estava vendendo drogas, o chamou atenção e tentou orientá-lo. Infelizmente, o garoto cheio de si e não conhecendo limites, não atendeu o pai e como estava envolvido com gente da pesada, o ameaçou de morte se tentasse intervir nos seus projetos e estilos de vida. Lembrem-se,  qualquer semelhança é mera coincidência...

04   HISTÓRIA

A superproteção pode ser prejudicial à saúde física. Certa vez, ouvi uma história  absurda. Os pais de tanto super-proteger os filhos que, sem intencionarem, impediram  o desenvolvimento anticorpos.

I- DESENROLANDO O TEMA

ABRA O OLHO... PROTEÇÃO SIM, SUPERPROTEÇÃO NÃO.

A posição dos pais não pode ser partidário e nem alienária ao zelo dos filhos. Devemos observar e evitar os extremos. Não podemos confundir proteção com superproteção. A proteção envolve amor, zelo e cuidados estratégicos. Na proteção não podemos anular  os filhos, não podemos tirar a sua liberdade, não podemos dar-lhe uma liberdade sem limites etc. O limite é a expressão da verdadeira liberdade.

Na proteção respeitamos os papéis sociais. Nela não podemos perder o senso de responsabilidade e de direitos conforme o papel que exercemos, tais como: pai, mãe, filho,  avô, avó, professor etc. Em cada papel temos uma função diferente. Os  diversos papéis na sociedade só funciona, se nós tivermos respeito a cada um.

Na superproteção não há respeito quanto aos papéis do outro. Em casa aquele que super-protege pode levar o filho a não respeitar o papel do pai ou da mãe, conforme o caso. Na escola a superproteção pode levar o menino a não respeitar o papel do professor ou da diretoria. A superproteção é uma falsa proteção que destrói o próprio papel de ser filho.  Quando o filho é superprotegido, ele não consegue viver na dimensão de poder errar e ser corregido.  Ele é impedido de amadurecer. Pode, também, ser impedido de viver momentos de confraternização e de relacionamentos. A superproteção sufoca, constrange, agride e impede o amadurecimento do filho. Nesta não há senso de justiça e o egoísmo impera. Na superproteção, a criança é impedida de ser criança, o adolescente é impedido de ser adolescente e o jovem é impedido de ser jovem. É um tipo de escravidão e de prisão sem grades e sem algemas.  Ela é um veneno que contamina para destruir o filho e todos ao seu derredor.

Para educar os filhos precisamos de protegê-los e rechaçar a superproteção.  Escolha a melhor opção e terá o melhor resultado.